12 Curiosidades sobre a Suíça

A seleção da Suíça já participou de 11 Copas do Mundo, mas até hoje nunca passou das quartas de final. A melhor colocação foi em 1950, na Copa do Brasil, quando os suíços terminaram em 6º lugar. O único confronto, até então, entre Suíça e Brasil em Copas foi justamente em 1950. O placar? 2 a 2.  

Foi o único jogo da Seleção fora do Maracanã. O Pacaembu abrigou o tropeço da equipe comandada por Flavio Costa, que, como relatam jornais da época, fez algumas alterações para colocar atletas que atuavam em São Paulo e agradar o público de 42 mil pessoas. Por conta do empate com a Suíça, a Seleção Brasileira foi para a partida contra a Iugoslávia necessitando da vitória para avançar ao quadrangular final - os iugoslavos haviam derrotado Suíça e México, enquanto o Brasil tinha uma vitória e um empate. O mau resultado diante dos suíços gerou temor de eliminação precoce.

Este é o melhor momento do futebol suíço na história. A Suíça chega para sua quarta participação seguida na Copa do Mundo com a confiança de uma ótima campanha nos últimos dois anos. Desde a eliminação nos pênaltis para a Polônia nas oitavas de final da Euro 2016, os suíços fizeram 16 jogos. Foram 13 vitórias, dois empates e apenas uma derrota.

A Suíça tem mostrado força, nos últimos anos, nos confrontos contra seleções difíceis. Na Euro Copa de 2016 empatou com a França, dona da casa, na primeira fase e depois foi eliminada nos pênaltis pela Polônia. Nas Eliminatórias da Copa venceu Portugal nos pênaltis. E os suíços também costumam aprontar nas Copas: em 2006 empataram com a França em 0 a 0 e ficaram em primeiro do grupo, em 2010 foram os únicos a vencer a campeã Espanha, ainda na primeira fase, por 1 a 0. 

Na Copa de 2006 a Suíça foi eliminada nas oitavas de final pela Ucrânia. A partida terminou sem gols no tempo normal, e nos pênaltis o placar foi 3 a 0 para os ucranianos. Naquela Copa do Mundo, os suíços saíram sem sofrer nenhum gol. A Suíça foi a primeira seleção invicta a ser eliminada de um Mundial. 

Yann Sommer, de 29 anos é o goleiro da Suíça. O jogador é modelo de uma marca de cremes faciais e tem um blog de culinária. Na internet, o goleiro costuma compartilhar receitas inventadas por ele mesmo.

O futebol é o esporte número 1 da Suíça, seguido de perto por hockey no gelo e esqui alpino. A Suiça é o quinto país (Brasil é o primeiro) no volume de transferências para as cinco maiores Ligas mundiais. O grande "comprador" é a Liga alemã, onde os suíços são a maioria entre os jogadores estrangeiros.

Em maio, o time dos Young Boys foi campeão depois de 32 anos de jejum. Os torcedores invadiram o gramado do Stade de Suisse após o jogo e protagonizaram uma grande festas.

A partida entre Brasil e Suíça acontece no domingo, dia 17 de junho, às 15 horas. E por lá, os domingos são considerados sagrados. Por lei, é proibido fazer tarefas domésticas - como lavar o carro, estender a roupa ou cortar a grama, por exemplo - nesse dia da semana. Nada funciona no domingo, que é considerado o dia de descansar, de relaxar. Nem pense em fazer compras no domingo. Tudo vai estar fechado! Além disso, os dias de sol são comemorados pelos suíços. Por isso, é comum que as pessoas faltem ao trabalho apenas para aproveitar um dia bonito.

Com  8 milhões de habitantes, a Suíça é um dos principais destinos de imigrantes europeus desde o século passado.  Um em cada quatro moradores do país é imigrante, um total de 2 milhões de estrangeiros. Os brasileiros no país são quase 20 mil, além daqueles que possuem dupla nacionalidade. Na seleção não é diferente: dos 23 convocados, oito são jogadores naturalizados. Das 32 seleções da Copa do Mundo, é a quarta com o maior número de naturalizados. Xherdan Shaqiri, estrela do time, por exemplo, nasceu no Kosovo. Além dele ainda tem Francois Moubandje (Camarões), Breel Embolo (Camarões), Yvon Mvogo (Camarões), Blerim Dzemaili (Macedônia), Gelson Fernandes (Cabo Verde), Johan Djourou (Costa do Marfim) e Valon Behrami (Kosovo). 

Shaqiri saiu do Basel, time suíço, como uma das grandes revelações do futebol europeu, mas teve poucas oportunidades no Bayern de Munique. Também não se firmou em seis meses na Internazionale. No Stoke City se tornou titular incontestável na última temporada e um jogador importante. Fez oito gols e deu sete assistências na Premier League. Não deu para evitar o rebaixamento e Shaqiri é observado pelo mercado. O Liverpool estaria interessado em contratá-lo para compor o elenco. Seria uma ótima oportunidade de tentar mais uma vez cumprir a promessa do início da sua carreira. Na Suíça, porém, nunca deixou de ser o melhor jogador da seleção e só não foi titular nas eliminatórias quando esteve machucado.

Stephan Lichtsteiner é o jogador mais velho do elenco. Na seleção suíça desde 2006, ele usará a braçadeira de capitão na Copa do Mundo da Rússia. Heptacampeão italiano pela Juventus, Lichtsteiner tentará passar sua experiência com as vitórias para os companheiros. Jogou 11 das 12 partidas da Suíça na campanha que a levou ao Mundial. E, mesmo como lateral direito, marcou três vezes.

Os bancos são a grande fonte de riqueza do país. Os outros clichês suíços - chocolates, queijos e relógios - têm participação bem menor na economia. São 369 instituições financeiras no país. Há mais bancos do que dentistas, por exemplo. Tantos bancos, e por consequência muitos clientes, deve-se em grande parte a um recurso chamado sigilo fiscal, que garante anonimato ao cliente e atrai milionários do mundo inteiro.  No país dos bancos, eles também são os principais patrocinadores do futebol - inclusive da seleção nacional.

Existem 4 línguas oficiais na Suíça: Alemão (falado por 64% da população), Francês (20,4%) Italiano (6,5%) e Romanche (1%). Apesar disso, e de ficar localizada na região central da Europa, a Suíça não é membro da União Europeia. E a propósito, por lá eles não usam o Euro como moeda, mas sim o Franco Suíço