A semana passada vivemos o auge de momentos surreais do governo Bolsonaro

A semana passada começou com vídeo postado na conta de Jair Bolsonaro que comparou presidente a um leão sendo atacado por seus críticos, as hienas.

Após teve repercussão negativa, o vídeo sumiu da conta do presidente.

Mal isso aconteceu e na terça-feira (29), o Jornal Nacional levou ao ar informação sobre investigações do assassinato de Marielle que envolvia diretamente Jair Bolsonaro.

Depois da matéria explosiva, Bolsonaro fez uma live às 04h00 da manhã, direto da Arábia Saudita, repudiando todo o conteúdo da matéria.

A live trouxe momentos surreis como este falando sobre os problemas com a justiça da família de Michelle Bolsonaro.

A live ferroz no Facebook foi sucedida ainda pelo tweet a seguir.

Com a menção do nome do presidente na investigação, caso de Marielle provavelmente se tornaria um caso a ser julgado pelo Supremo.

Os Bolsonaros sentiram a matéria da Globo e Eduardo Bolsonaro deu uma declaração em plenário e depois em entrevista à Leda Nagle afirmando que se a esquerda radicalizasse, o governo teria que dar uma resposta à altura na forma de um novo AI-5.

Depois da declaração do filho, Jair Bolsonaro foi questionado sobre o assunto e, ao quase ameaçar deixar coletiva no meio, disse que qualquer pessoa que fale de AI-5 estaria "sonhando".

Sob o risco de ter sua candidatura cassada, Eduardo Bolsonaro logo recuou sobre declaração.

E agora ele ameaça processar a "esquerdalha democrática".

Enquanto isso, no Twitter, Carlos Bolsonaro batia boca com o youtuber Felipe Neto.

E, da mesma maneira que surgiu a envolvimento do presidente no assassinato da vereadora Marielle Franco, ele parecia desaparecer.

E fez um video onde acessou os registros internos das ligações do condomínio para provar que nenhuma solicitação de entrada foi feita em 14/03.

E, depois que as pessoas questionaram o tão fácil acesso a esse material, Jair Bolsonaro deu a seguinte declaração.

Só que descobriu-se que uma das promotoras dizendo que o porteiro mentiu, fez forte campanha para Bolsonaro durante as eleições.

Enquanto isso, Bolsonaro já se movimentava para incluir o Ministro da Justiça, Sérgio Moro no caso.

E Moro já acenava positivamente quando questionado sobre a federalização do caso.

A família de Marielle soltou nota dizendo que considera que Moro contribuirá mais longe da investigação e Moro teria revelado a interlocutores que ficou "chateado".

Enquanto isso, Alexandre Frota mostrava um tweet falso de Olavo de Carvalho na CPMI das Fake News!

E fomos brindados com esse verdadeiro bate boca sobre pornografia no meio da CPMI.

Depois Frota afirmou que ele e o presidente tiveram o seguinte diálogo.

Pra fechar uma semana em que cogitou um novo AI-5, recuou sobre declaração e ameaçou processar quem interpretou sua declaração de maneira, segundo ele mesmo errada, nós ainda tivemos a aparição do crítico cultural, Eduardo Bolsonaro recomendando o novo álbum de Kanye West.

E, depois de todos os acontecimentos citados até aqui, foi essa a capa que a IstoÉ decidiu dar.

Se você já estava se sentindo soterrado com o conteúdo surreal da semana, ainda não tinha sido tudo. Fiquem com essa declaração do secretário da Pesca, Jorge Seif Júnior, sobre o impacto do desastre de vazamento de óleo no mar do Nordeste.

A declaração ainda foi reforçada momentos depois.

E, não surpreendendo ninguém, depois do filho recuar sobre AI-5, Jair mais uma vez brincou a jogo de testar o limite de discurso autoritário antes de ter que recuar de novo.

Pois é. À essa altura, talvez você esteja se perguntando onde anda o Ministro do Meio Ambiente. Bom, pra começar, ele está sendo processado pelo Greenpeace após insinuar que instituição teria plantado o vazamento de óleo.

E, fechando nossa coletânea surreal, enquanto o óleo chega à Bahia, ele passou o final de semana na Praia da Baleia em São Paulo.